STF concede prisão domiciliar a Roberto Jefferson; decisão impõe restrições severas

Jefferson deverá permanecer em sua residência, monitorado por tornozeleira eletrônica, e está proibido de conceder entrevistas

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou neste sábado (10), a transferência do ex-deputado federal Roberto Jefferson para o regime de prisão domiciliar. A medida atende a um pedido da defesa, que apresentou laudos médicos apontando a necessidade de cuidados específicos à saúde do ex-parlamentar.

Preso desde 2022, Jefferson protagonizou um episódio de forte repercussão ao reagir com violência à Polícia Federal, que cumpria mandados judiciais em sua residência. Na ocasião, ele disparou tiros e lançou granadas contra os agentes, agravando sua situação perante o STF e resultando em sua prisão preventiva.

A nova decisão impõe uma série de restrições a Jefferson, que deverá permanecer em sua residência com o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, está proibido de conceder entrevistas, utilizar redes sociais e deixar o país. De acordo com Moraes, as medidas visam preservar a ordem pública e impedir que o ex-deputado influencie o andamento do processo judicial por meio de manifestações públicas.

Roberto Jefferson é uma figura histórica da política brasileira, com trajetória marcada por polêmicas. Ele ganhou notoriedade nos anos 2000 ao denunciar o escândalo do mensalão e, mais recentemente, passou a ser um dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, mantendo forte atuação nas redes sociais até sua prisão.

A prisão domiciliar de Jefferson, embora atenda a questões médicas, não representa um abrandamento das investigações, mas sim uma adequação do regime penal às condições de saúde do réu.

A defesa ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão. O caso segue sob sigilo parcial e está sendo acompanhado de perto por juristas e analistas políticos.

      Por: Inova News      

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