A federação foi oficializada na terça-feira (29.abr) e, segundo o senador, atuará como um 'dique de proteção' contra medidas do governo
Foto: Brenno Carvalho/Ag. O Globo
O senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes da
recém-criada federação União Progressista, afirmou que o novo grupo
político não integrará a base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). No entanto, destacou que a federação também não atuará de forma
contrária ao país. Segundo ele, a intenção é formar um "grande dique de
proteção" contra medidas do governo que possam, segundo sua avaliação,
prejudicar a sociedade.
A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles,
publicada nesta quinta-feira (1º de maio de 2025). Nogueira reforçou que
o presidente "não tem que ter medo" da atuação da nova
bancada, mas que a federação será vigilante quanto às ações do Executivo.
“Vejo essa federação como um grande dique de proteção à
sociedade contra medidas que esse governo — que está com baixa popularidade e
perdendo cada vez mais a identidade com as ruas — pode vir a tomar e que possam
prejudicar o país”, disse o senador.
A União Progressista foi oficializada na terça-feira
(29 de abril), em cerimônia com lideranças do PP e do União Brasil —
partidos que compõem a aliança. A expectativa é que a federação atue de maneira
coordenada no Congresso, com foco em pautas econômicas e em propostas que,
segundo seus integrantes, “restabeleçam a confiança da população na política”.
Apesar do tom crítico, Ciro Nogueira deixou espaço para uma
eventual colaboração com o governo em áreas específicas:
“Medidas que possam fazer com que as pessoas sintam
confiança na política econômica terão o nosso apoio.”
A fala do senador ocorre em um momento de tensão entre o
Palácio do Planalto e setores do Congresso, principalmente em temas ligados à
condução da economia e à agenda de reformas. A criação da nova federação pode
ter impacto direto no equilíbrio de forças dentro da Câmara e do Senado.
Por: Inova News
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