O balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira (9), aponta um rombo bilionário
Os Correios divulgaram nesta sexta-feira (9), por meio do
Diário Oficial da União, o balanço financeiro referente ao exercício de 2024. O
resultado evidencia um agravamento na situação econômica da estatal: o
prejuízo acumulado chegou a R$ 2,6 bilhões — mais que quadruplicando o
montante registrado em 2023.
No ano passado, a empresa havia declarado perdas de R$ 597
milhões. No entanto, após uma revisão contábil, o valor foi ajustado para R$
633 milhões. A reclassificação buscou adequar os números às normas vigentes de
contabilidade pública.
Evolução do prejuízo dos Correios
O gráfico acima mostra de forma clara a disparada no rombo
financeiro da estatal entre 2023 e 2024. O crescimento de mais de 310%
no prejuízo evidencia a urgência de medidas estruturais e de gestão para
reverter a trajetória negativa.
A empresa, que já foi referência em eficiência logística e
serviços postais, enfrenta atualmente desafios intensos, como:
- Queda
no volume de correspondências;
- Concorrência
acirrada com empresas privadas no setor de encomendas;
- Pressões
por modernização tecnológica;
- Aumento
de custos operacionais.
Até o momento, os Correios não divulgaram os fatores
detalhados que influenciaram o déficit de 2024, nem planos específicos de
reestruturação. A expectativa recai sobre o governo federal, acionista único da
estatal, quanto à adoção de medidas de contenção e modernização para preservar
a sustentabilidade do serviço postal público.
Comparativo histórico recente:
- 2021:
Lucro de R$ 1,7 bilhão
- 2022:
Lucro de R$ 303 milhões
- 2023:
Prejuízo de R$ 633 milhões (ajustado)
- 2024:
Prejuízo de R$ 2,6 bilhões
A trajetória mostra uma reversão preocupante nos últimos dois
anos.
Sobre o novo resultado
O novo resultado negativo acende um alerta sobre a saúde
financeira dos Correios, que vêm enfrentando dificuldades diante da queda nas
receitas com serviços postais tradicionais, avanço da digitalização e crescente
concorrência no setor de entregas. A estatal, que já foi lucrativa em diversos
períodos, tem enfrentado desafios para equilibrar suas contas nos últimos anos.
A expectativa é de que o governo federal, acionista único da
empresa, avalie medidas para reverter a trajetória deficitária da companhia,
que possui papel estratégico na integração nacional, especialmente em regiões
remotas onde a presença do setor privado é limitada.
Por Redação Inova News
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