Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024 e ampliam rombo em relação ao ano anterior

O balanço financeiro divulgado nesta sexta-feira (9), aponta um rombo bilionário

 

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

Os Correios divulgaram nesta sexta-feira (9), por meio do Diário Oficial da União, o balanço financeiro referente ao exercício de 2024. O resultado evidencia um agravamento na situação econômica da estatal: o prejuízo acumulado chegou a R$ 2,6 bilhões — mais que quadruplicando o montante registrado em 2023.

No ano passado, a empresa havia declarado perdas de R$ 597 milhões. No entanto, após uma revisão contábil, o valor foi ajustado para R$ 633 milhões. A reclassificação buscou adequar os números às normas vigentes de contabilidade pública.

Evolução do prejuízo dos Correios



O gráfico acima mostra de forma clara a disparada no rombo financeiro da estatal entre 2023 e 2024. O crescimento de mais de 310% no prejuízo evidencia a urgência de medidas estruturais e de gestão para reverter a trajetória negativa.

A empresa, que já foi referência em eficiência logística e serviços postais, enfrenta atualmente desafios intensos, como:

  • Queda no volume de correspondências;
  • Concorrência acirrada com empresas privadas no setor de encomendas;
  • Pressões por modernização tecnológica;
  • Aumento de custos operacionais.

Até o momento, os Correios não divulgaram os fatores detalhados que influenciaram o déficit de 2024, nem planos específicos de reestruturação. A expectativa recai sobre o governo federal, acionista único da estatal, quanto à adoção de medidas de contenção e modernização para preservar a sustentabilidade do serviço postal público.

Comparativo histórico recente:

  • 2021: Lucro de R$ 1,7 bilhão
  • 2022: Lucro de R$ 303 milhões
  • 2023: Prejuízo de R$ 633 milhões (ajustado)
  • 2024: Prejuízo de R$ 2,6 bilhões

A trajetória mostra uma reversão preocupante nos últimos dois anos.

Sobre o novo resultado

O novo resultado negativo acende um alerta sobre a saúde financeira dos Correios, que vêm enfrentando dificuldades diante da queda nas receitas com serviços postais tradicionais, avanço da digitalização e crescente concorrência no setor de entregas. A estatal, que já foi lucrativa em diversos períodos, tem enfrentado desafios para equilibrar suas contas nos últimos anos.

A expectativa é de que o governo federal, acionista único da empresa, avalie medidas para reverter a trajetória deficitária da companhia, que possui papel estratégico na integração nacional, especialmente em regiões remotas onde a presença do setor privado é limitada.

      Por Redação Inova News      

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem