Depoimentos seguem até sexta-feira (13) com transmissão ao vivo pela TV Justiça
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta segunda-feira
(9), às 14h, os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo 1” da trama
golpista que teria sido articulada durante o governo de Jair Bolsonaro para
impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2022. As
oitivas serão conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes e seguirão até
sexta-feira (13), sempre na sala da Primeira Turma da Corte, com transmissão ao
vivo pela TV Justiça.
Os depoimentos presenciais fazem parte de uma das últimas
etapas da ação penal que investiga uma organização criminosa armada,
supostamente formada por militares e civis ligados ao governo Bolsonaro, para
promover um golpe de Estado. O grupo é acusado de crimes como tentativa de
abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado,
deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.
Nesta segunda-feira, o primeiro a ser ouvido será o
tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro
e delator no inquérito. Ao longo dos cinco dias de oitivas, os demais acusados
serão interrogados a partir das 9h, em ordem alfabética.
Confira a ordem dos depoimentos:
1. Mauro Cid –
delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
2. Alexandre
Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
3. Almir
Garnier – ex-comandante da Marinha;
4. Anderson
Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do DF;
5. Augusto
Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
6. Jair
Bolsonaro – ex-presidente da República;
7. Paulo
Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;
8. Walter
Braga Netto – general da reserva e ex-candidato a
vice-presidente na chapa de Bolsonaro.
Braga Netto será o único a prestar depoimento por
videoconferência. Preso desde dezembro de 2024 por obstrução às investigações,
o general da reserva é acusado de tentar acessar informações sigilosas da
delação de Mauro Cid.
Durante as audiências, além do ministro relator, poderão fazer
perguntas o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de
defesa dos demais réus. No entanto, como prevê a Constituição, os acusados têm
o direito de permanecer em silêncio e não responder a perguntas que possam
incriminá-los.
A expectativa é de que o julgamento que decidirá pela
condenação ou absolvição dos réus ocorra no segundo semestre deste ano. Caso
sejam considerados culpados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Por: Inova News
Acompanhe a cobertura completa dos interrogatórios
no Inova News.
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