Francisco Cuoco será velado nesta sexta-feira em São Paulo; fãs poderão se despedir do ator

A causa da morte do ator foi falência múltipla dos órgãos, segundo sua assessoria de imprensa.

Imagem reproduzidad do Instagram do ator


O velório do ator Francisco Cuoco será aberto ao público nesta sexta-feira (20), das 7h às 15h, no espaço Funeral Home, localizado na rua São Carlos do Pinhal, 376, no bairro Bela Vista, região central de São Paulo. O sepultamento ocorrerá às 16h, em cerimônia restrita a familiares e amigos. As informações foram confirmadas ao portal R7 pela assessoria de imprensa do ator.

Francisco Cuoco faleceu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, após complicações de saúde relacionadas à idade. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista. A morte foi confirmada pelo consultor e escritor Mauro Alencar, amigo pessoal da família, e pela assessoria do hospital.

Ícone da dramaturgia brasileira

Nascido em 29 de novembro de 1933, na cidade de São Paulo, Francisco Cuoco se consolidou como um dos grandes nomes da televisão, teatro e cinema brasileiros. Filho de imigrante italiano, cresceu no bairro do Brás e iniciou seus estudos em Direito antes de trocar a advocacia pela arte dramática. Foi nos palcos, ainda na década de 1950, que sua carreira teve início, com passagens marcantes pelo Teatro Brasileiro de Comédia e pelo Teatro dos Sete, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro, Sérgio Britto e Ítalo Rossi.

Sua estreia na televisão aconteceu no Grande Teatro Tupi, onde atuava ao vivo em peças teatrais encenadas semanalmente. Em 1964, estreou nas novelas com Marcados Pelo Amor, da antiga TV Record. Pouco tempo depois, brilhou em Redenção, exibida na TV Excelsior.

Sucesso na Globo

Cuoco estreou na TV Globo em 1970, na novela Assim na Terra Como no Céu, de Dias Gomes. Dois anos depois, viveu o inesquecível Cristiano Vilhena, em Selva de Pedra (1972), e, em 1975, conquistou o país com o taxista Carlão, de Pecado Capital, escrita por Janete Clair. O personagem voltou à sua trajetória em 1998, no remake da trama, onde interpretou outro papel: o empresário Salviano Lisboa.

Outro grande sucesso foi O Astro (1977), no qual interpretou o carismático Herculano Quintanilha, papel que também foi eternizado na memória do público. Em 2011, participou da nova versão da novela, interpretando Ferragus, o mestre do novo Herculano, vivido por Rodrigo Lombardi.

Entre outros trabalhos marcantes estão O Outro (1983), onde viveu dois sósias, e O Salvador da Pátria (1989), como o poderoso Severo Branco. Em novelas mais recentes, destacou-se como Olavo, em Passione (2010); Vicente, em Boogie Oogie (2014); além de participações especiais em Segundo Sol e Pega Pega (2018). Seu último trabalho na TV foi uma participação especial em Salve-se Quem Puder, em 2020, onde interpretou a si mesmo.

Carreira no cinema e presença digital

Francisco Cuoco também teve uma trajetória sólida no cinema, com atuações em filmes como Cafundó, Gêmeas, A Partilha, Tensão no Rio, Tatuagem e Real Beleza – este último, dirigido por Jorge Furtado, sendo seu derradeiro trabalho nas telonas.

Mesmo com mais de seis décadas de carreira, Cuoco se manteve ativo e atualizado. Em 2021, estreou nas redes sociais com perfis no YouTube, Instagram e TikTok, onde compartilhava reflexões, poesias e curiosidades. “Não adianta ficar lamentando a perda da juventude nem a mortalidade. O que importa é continuar trabalhando e criando”, escreveu em sua biografia no Instagram, onde soma mais de 115 mil seguidores.

A despedida de Francisco Cuoco marca o fim de uma era na dramaturgia brasileira. Ator de talento raro e carisma atemporal, ele deixa um legado imenso na arte e na cultura do país — e o carinho eterno do público que o acompanhou por gerações.

      Por: Inova News      

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